A expedição da safra 2024/25 de soja continua sua jornada pelo Brasil. Recentemente, o Soja Brasil visitou a região do Matopiba, especificamente Uruçuí, no Piauí. Na última safra, a área plantada com o grão no estado cresceu mais de 13%. Uruçuí, um dos maiores produtores do estado, está prestes a iniciar o plantio, com boas expectativas entre os produtores.
Confira na palma da mão informações quentes sobre agricultura, pecuária, economia e previsão do tempo:siga o Canal Rural no WhatsApp!
Foco no sucesso do plantio
O produtor Thiago de Almeida se prepara para receber as plantadeiras, mas decidiu esperar até 15 de novembro para começar. “Embora a janela de plantio seja curta, ela nos permite obter melhores resultados com menores riscos”, destaca Thiago, que atua na região há 11 anos. Ele enfatiza a importância de corrigir o solo e implementar uma planta de cobertura eficiente para enfrentar os desafios da falta de água durante a safra.
Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Piauí produziu 3,8 milhões de toneladas de soja na safra 2023/24, um aumento de 88% em relação à safra anterior. Para o ciclo 2024/25, a expectativa é que a produção supere esse número. Uruçuí, com uma área plantada de cerca de 350 mil hectares, é o segundo maior produtor de soja do estado, com uma produtividade média entre 55 e 60 sacas por hectare.
A logística local é essencial para o sucesso da produção agrícola. “Aqui, produzimos, e a empresa se encarrega de processar e transportar os alimentos”, destaca Rubens Fridrich, presidente do Sindicato Rural do município, com destaque à importância das indústrias do setor que se estabeleceram na região. A dinâmica pode impulsionar o crescimento da população de Uruçuí, que deve aumentar de 30 mil para até 45 mil habitantes nos próximos cinco anos.
A previsão para a nova safra indica um crescimento de cerca de 5% na área plantada, já que os produtores adotam uma postura cautelosa devido às margens de lucro apertadas. “Nos últimos anos, os custos de produção aumentaram de 35 para 55 sacas por hectare, o que torna o cenário mais desafiador”, explica Lucas de Almeida, produtor do grão. A comercialização da nova safra também enfrenta dificuldades, com muitos se limitando a 50% da colheita e sem certeza sobre a produtividade do restante.