POLÍTICA

Após 36 anos, Senado aprova Estatuto do Pantanal com relatório de Jayme Campos

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O Senado Federal aprovou nesta quarta-feira, 3, em caráter terminativo na Comissão de Meio Ambiente (CMA), o substitutivo do senador Jayme Campos (União-MT), ao projeto de lei 5482/20, que trata sobre a conservação, a proteção, a restauração e a exploração sustentável do bioma Pantanal – conhecido como “Estatuto do Pantanal”. Foram 13 votos a favor do projeto, de iniciativa do senador Wellington Fagundes (PL-MT).

Com isso, após 36 anos, o colegiado cumpre o que estabelece o artigo 225, parágrafo 4º, da Constituição. A matéria agora será submetida à apreciação da Câmara dos Deputados – o que deve acontecer em regime de urgência, já que que o Supremo Tribunal Federal (STF), em ação do Ministério Público Federal, determinou, no começo de junho, prazo de 18 meses para que o Legislativo aprovasse uma lei específica para a proteção do bioma.

Ao celebrar a aprovação do substitutivo por unanimidade, Jayme Campos lamentou que o Congresso tivesse levado tanto tempo para cumprir o que determina a Constituição. “E quem estava pagando essa conta cara – ele frisou – éramos nós em Mato Grosso e em Mato Grosso do Sul, era o homem pantaneiro, que está ali há mais de 200 anos, mantendo suas tradições; era o ribeirinho, o quilombola, as populações tradicionais” – ressaltou.

Para o relator, a aprovação do Estatuto do Pantanal representa um grande avanço para proteção dos direitos e do próprio meio ambiente. Ele ressaltou que matéria foi amplamente discutida em 11 audiências públicas, em que todos os segmentos representativos tiveram oportunidade de apresentar suas sugestões, críticas e reivindicações. “Foi um relatório construído por várias mãos e com muita responsabilidade” – frisou.

Em resumo, o Estatuto estabelece princípios para o uso e proteção do bioma Pantanal, com destaque para o desenvolvimento sustentável e o respeito às diversidades locais e regionais. Entre os objetivos para as políticas públicas na região, destacam-se a valorização de produtos e serviços e desenvolvimento da agropecuária. Também apresenta diretrizes gerais para a proteção e recuperação nativa do bioma. O texto aborda diretrizes para as políticas nacionais de prevenção e combate ao desmatamento.

Ex-ministra da Agricultura, a senadora Tereza Cristina (PL-MS), do Mato Grosso do Sul,  fez questão de destacar o trabalho dos senadores Wellington Fagundes e do relator Jayme Campos na defesa da região.  Ela enfatizou os inúmeros avanços contemplados no substitutivo e a importância de a legislação tratar sobre o manejo integrado do fogo e a prevenção para combate aos incêndios. Tereza Cristina disse que “existe muita confusão” em torno do que acontece no bioma, que está sendo castigado por uma seca severa. Segundo ela, os incêndios não podem ser associados em a desmatamentos pelo fato de que esse fenômeno não existe nessa planície alagada.

Lider do Governo no Senado, Jacques Wagner (PT-BA) também fez questão de destacar a importância do projeto, inclusive, encaminhando a favor da aprovação. Segundo ele, o Estatuto do Pantanal contempla vários aspectos importantes pretendidos pelo Executivo e disse que espera, também, que o projeto tenha agilidade na votação na Câmara dos Deputados.

Turismo no Pantanal

O texto aprovado pelo Senado traz normas gerais, de competência da União, em relação a políticas públicas para o desenvolvimento do turismo do bioma Pantanal, a serem seguidas pelos estados e municípios. Essas políticas terão como objetivo buscar, entre outros, o estímulo e a capacitação do profissional de turismo por meio de parcerias públicas e privadas, viabilizando a inserção desse profissional e de comunidades locais no mercado.

Também foi aprovada a criação de um selo “Pantanal Sustentável” para produtos e atividades sustentáveis originárias no bioma é incluída no texto como forma de valorizar e estimular essa produção, fomentar a prática de atividades turísticas e culturais e identificar boas práticas que resultem na preservação dos recursos naturais.

A autorização para o uso do selo terá́ validade de cinco anos, podendo ser renovada indefinidamente, mediante nova avaliação e vistoria do poder público ou entidade certificadora.





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Com 11 partidos aliados, Pedrinho é oficializado como pré-candidato a vice de Kalil em VG

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Mais de 3 mil pessoas participaram do pontapé inicial das eleições municipais 2024, em Várzea Grande, na noite desta sexta-feira (5). Em um ato político suprapartidário de anúncio de pré-candidaturas e do nome do vice-prefeito, que apoiam a reeleição do atual prefeito Kalil Baracat (MDB), realizado no Centro de Convenções do Hotel Hits, em Várzea Grande. Pedro Tolares, popularmente conhecido como “Pedrinho” (União Brasil, atual presidente da Câmara Municipal, foi o nome de consenso da coalizão liderada por Kalil.

O encontro reuniu a força política mato-grossense que oficializou apoio ao emedebista em um movimento histórico, jamais visto na cidade. Kalil já agrega 11 partidos em seu arco de aliança e a expectativa é que até as convenções mais pré-candidatos e siglas declarem apoio ao “Movimento VG Melhor”.

O Cidadania, que compõe Federação do PSDB, é o mais recente aliado a chapa suprapartidária, sendo o 11º a oficializar, nesta noite, apoio à reeleição. Fazem parte do arco de aliança: Agir 36, Cidadania, MDB, Novo, PDT, PP, PRD, PSB, PSDB, Republicanos e União Brasil.

O presidente do PSDB em Várzea Grande, Benedito Figueiredo, o Dito Loro, vem atuando fortemente na consolidação do arco de alianças e destacou que nesta noite está de fato oficializada a pré-candidatura e os apoios à chapa majoritária. “Tudo que estamos vendo aqui é um referendo ao trabalho que vem sendo feito pela gestão do prefeito Kalil”, destacou.

Ele lembra que boa parte dos partidos aliados agora, já estavam compondo a base nas eleições de 2020 e que a manutenção deles só comprova os resultados da administração e validam o perfil arrojado, conciliador, agregador e a sua nova forma de fazer política: a de ouvir a todos e sempre buscar o diálogo.

“Kalil acabou agregando outras forças e hoje é uma força política em expansão em Várzea Grande. E nós estamos aqui apenas hipotecando, mais uma vez, o apoio a esse projeto de continuidade, de melhoria, de avanço para a cidade. Eu tenho certeza que vai ser uma chapa vitoriosa, trabalhando com seriedade, com respeito, onde Várzea Grande e sua população só têm a ganhar”.

POLÍTICA DE GENTE GRANDE

O presidente municipal do PRD, Bruno Garcia, avalizou a gestão do prefeito Kalil, especialmente, em relação aos investimentos na distribuição da água e destacou a força política do emedebista.

“Kalil está fazendo um bom trabalho e é alinhado com o Senado Federal, Governo Federal, com os deputados estaduais e com o governador Mauro Mendes. Kalil sabe fazer política e faz política de gente grande, consegue recursos para Várzea Grande e por isso está no caminho certo. Diante de tudo isso o PRD declarou apoio à sua reeleição”.

VAI CHEGAR MAIS GENTE

O presidente do Agir em Várzea Grande, Wilton Coelho, não tem dúvidas de que o prefeito Kalil vai agregar mais partidos e mais apoio até as convenções. “Existe uma hegemonia em torno do nome do prefeito Kalil que reflete a aprovação que sua gestão tem, aprovação grande por parte da população”.

Segundo Coelho, o Agir analisou perfis antes de declarar apoio. “Não tinha como ser outro pré-candidato. Por tudo que ele tem feito, feito por Várzea Grande, por todos os avanços que a cidade teve nos últimos três anos e meio aí. Entendemos que ele é o melhor e que temos uma chapa muito forte”.





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Dissertação de mestrado de conselheiro propõe utilização do i-Saúde em ações de fiscalização do TCE-MT

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A utilização do Índice Municipal de Saúde (i-Saúde) do Índice de Efetividade da Gestão Municipal (IEG-M) de São Paulo pode ser uma ferramenta valiosa na avaliação dos resultados dos serviços prestados à Atenção Primária (APS) de Mato Grosso, contribuindo com as ações fiscalizatórias do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT). É o que aponta a dissertação de mestrado do presidente da Comissão Permanente de Saúde, Previdência e Assistência Social, conselheiro Guilherme Antonio Maluf, que recentemente concluiu a especialização em Administração Pública, pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP).

Tendo em vista que a Saúde é um direito fundamental garantido a todos os cidadãos e que a atenção primária é o ponto inicial de contato do indivíduo com o serviço, a pesquisa de mestrado desenvolvida pelo conselheiro teve como objetivo avaliar se o sistema i-Saúde contribuiria para a avaliação realizada pelo TCE-MT no segmento.

“Monitorar essas ações permite identificar padrões de saúde da comunidade, otimizar a alocação de recursos, melhorar o planejamento, permitindo que gestores de Saúde identifiquem lacunas nos serviços e, assim, corrijam falhas, visando assegurar que os serviços sejam acessíveis, equitativos e de alta qualidade. O acompanhamento das ações da Atenção Primária é vital para garantir a eficácia do sistema de Saúde como um todo”, concluiu Maluf em sua pesquisa.

O presidente da Comissão ainda destacou que o i-Saúde do IEG-M já é utilizado por sete tribunais de contas do país como um instrumento técnico aplicado às análises das políticas públicas de Saúde, voltado à avaliação dos objetivos estratégicos e resultados dos programas municipais. “Os resultados do i-Saúde são disponibilizados para os gestores públicos e apresentados no relatório anual de prestação de contas, elaborado pelas equipes de fiscalização. Esse indicador é um valioso instrumento para orientar o julgamento das contas municipais.”

Sendo assim, segundo Maluf, caso o TCE-MT incorpore o i-Saúde em suas ações de fiscalização, terá um grande aprimoramento no exercício de controle externo. O conselheiro também sugeriu que seja efetuado um estudo para analisar a compatibilidade das normativas internas e das questões tecnológicas necessárias para a implementação de procedimento dessa natureza. “A criação e aplicação de indicadores personalizados para cada finalidade contribui para aprimorar a governança e a transparência.”





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Servidores do TCE-MT conhecem plano de migração para regime complementar de previdência

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Servidores efetivos do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT) conheceram, nesta terça-feira (2), o plano de migração para o regime complementar de previdência. A nova sistemática, prevista na Emenda Constitucional Nº 103/2019, foi apresentada pelo MTPrev, a fim de garantir uma transição mais segura e transparente.

A opção é válida para todos os Poderes e órgãos autônomos e permite que os profissionais decidam entre continuar somente no Regime Próprio de Previdência Social (RPPS), gerido pelo MTPrev, ou migrar para o regime de previdência complementar (PrevCom-MT), tendo de volta o montante que recolheu acima do teto da previdência, limitado a 90%.

Foi o que explicou o titular da Secretaria Executiva de Gestão de Pessoas, Eneias Viegas da Silva. “Estamos nos adaptando à lei que prevê uma nova forma de aposentadoria. Então, o objetivo é conscientizar a todos sobre as possibilidades, já que o servidor pode tanto continuar com sua aposentadoria integralmente no Estado ou pode ir ao teto da previdência e fazer um aporte em uma instituição bancária.”

Além dos cálculos que devem ser considerados para cada uma das opções, ao longo da manhã também foram abordados temas relacionados à pensão e invalidez, por exemplo. “É uma questão emblemática e estamos fazendo todo o possível para que o servidor tome a melhor decisão”, acrescentou o secretário, que representa o Tribunal no Conselho de Previdência Estadual.

Na ocasião, o presidente do MTPrev, Elliton Oliveira de Souza, reforçou que a adesão é facultativa e lembrou que, no ano passado, uma minuta de resolução possibilitou a migração para a previdência complementar para aqueles que ingressaram no Estado antes de 26 de novembro de 2020, data em que a PrevCom-MT entrou em vigor, por meio da Portaria nº 821/2020.

Crédito: Thiago Bergamasco/TCE-MT
Ilustração
Presidente do MTPrev, Elliton Oliveira de Souza.

“O que estamos discutindo é a possibilidade daqueles que já estavam no sistema previdenciário migrarem para este novo sistema. Principalmente, esclarecendo que a previdência complementar tem um limitador, uma vez que, para o servidor que migrar, os benefícios de aposentadoria ou pensão pelo Regime Próprio de Previdência, que o MTPrev administra, ficarão limitados ao teto do regime geral”, disse.

Isso significa que o servidor que se inscrever passará a ter duas fontes de receita ao se aposentar: o benefício do MTPrev limitado ao teto, somado à renda paga pelo PrevCom-MT, de acordo com o montante acumulado na conta individual durante a carreira.

Vale destacar que o prazo para adesão vence no dia 31 de outubro e que a nova regra não será concedida para quem já estiver aposentado ou que tenha cumprido os requisitos para aposentadoria na data da assinatura do termo de migração. Além disso, de acordo com Elliton, o Conselho de Previdência criou regras gerais para nortear a migração nas instituições, que agora deverão regulamentar suas regras específicas.

Para a presidente da Associação dos Auditores Públicos Externos do Tribunal de Contas de Mato Grosso (Audipe), Simony Jin, a apresentação foi fundamental para a tomada de decisão. “Recebemos essa demanda no início do ano, quando os auditores provocaram a Audipe, porque ainda pairavam muitas dúvidas sobre essa sistemática. Então, trazer o MTPrev foi fundamental para que essas informações possam ser assimiladas”, concluiu.





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